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Dia da Infantaria do Exército Brasileiro

  • Criado: Quarta, 05 de Junho de 2019, 19h09
  • Publicado: Quarta, 05 de Junho de 2019, 19h09
  • Última atualização em Quinta, 10 de Março de 2022, 10h23

Antônio de Sampaio (Tamboril, 24 de maio de 1810Buenos Aires, 6 de julho de 1866), foi um militar brasileiro, herói da Guerra da Tríplice Aliança. Considerado um dos maiores militares da história do Brasil independente, participou de muitas das principais guerras travadas pelo Exército Brasileiro ao longo do século XIX, vindo a falecer a bordo do navio Eponina, decorrente dos três ferimentos recebidos na Batalha de Tuiuti no dia 24 de maio de 1866. Por sua bravura e dedicação à causa nacional, o Exército Brasileiro o consagrou patrono da arma de Infantaria no Brasil. Nasceu na Fazenda Vitor, em Tamboril, a 288 quilômetros de Fortaleza. Filho de Antônio Ferreira de Sampaio, ferreiro, e Antônia Xavier de Araújo, teve uma juventude normal como todo jovem de interior, na aspereza dos sertões nordestinos. Aos 20 anos de idade, no dia 17 de julho de 1830, alistou-se como Praça voluntária nas fileiras do então 22.º Batalhão de Caçadores, sediado na Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção galgando todos os postos da carreira militar por mérito: Alferes comissionado (20 de maio de 1839), Alferes confirmado (2 de setembro de 1839), Tenente (2 de dezembro de 1839), Capitão (8 de setembro de 1843), Major (29 de julho de 1852), Tenente-coronel (2 de dezembro de 1855), Coronel (2 de dezembro de 1861), e Brigadeiro, atual General-de-brigada (18 de fevereiro de 1865). Alguns descendentes ainda residem em sua cidade natal Tamboril.

Em batalha, destacou-se na maioria das campanhas militares do Período Regencial e do Segundo Reinado (os anos referem-se aos períodos em que Sampaio esteve em combate):

  • Encontro de Icó, na então Província do Ceará, em 4 de abril de 1832, quando recebeu seu batismo de fogo;
  • Cabanagem, na então Província do Pará, em 1835 a 1840;
  • Balaiada, na então Província do Maranhão, de 1838 a 1841;
  • Guerra dos Farrapos, na então Província do Rio Grande do Sul, entre 1835 e 1845;
  • Revolta Praieira, na então Província de Pernambuco, de 1848 a 1850;
  • Guerra contra Oribe e Rosas, no Uruguai, em 1851, tendo se destacado, nesse conflito, na Batalha de Monte Caseros, na Argentina, em 1852;
  • Guerra contra Aguirre, tendo se destacado na Tomada de Paysandú, no Uruguai, em 1864, e no cerco e conquista de Montevidéu, no mesmo ano;
  • Guerra da Tríplice Aliança, no Paraguai, em 1864

A Guerra da Tríplice Aliança

À frente da 3ª Divisão do Exército Imperial, apelidada de Divisão Encouraçada, composta pelos lendários batalhões Arranca-Toco, Vanguardeiro e Treme-Terra, lutou nas operações de transposição do rio Paraná, na Batalha da Confluência e na Batalha de Estero Bellaco. Na batalha de Tuiuti (24 de maio de 1866, ironicamente a data de seu aniversário), considerada a maior batalha campal já travada na América do Sul, Sampaio foi gravemente ferido três vezes, por estilhaços de granada, gangrenando-lhe a coxa direita, além de outras duas vezes, nas costas. Evacuado do campo de batalha, faleceu a bordo do vapor Eponina, que o conduzia para Buenos Aires. Sepultado naquela capital, em 8 de julho de 1866, seus restos mortais foram repatriados em 1869, para o Rio de Janeiro, sendo depositados na Igreja do Bom Jesus da Coluna, no Asilo dos Inválidos da Pátria, onde permaneceram até 14 de novembro de 1871, quando foram novamente trasladados para sua terra natal - o Ceará. Até 25 de outubro de 1873, seus restos mortais foram depositados na atual Catedral de Fortaleza, sendo sepultados no Cemitério de São João Batista, em Fortaleza. Em 24 de maio de 1966, por ocasião do Centenário de sua morte e da Batalha de Tuiuti, seus restos mortais são removidos para um mausoléu na Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, onde permaneceram até 24 de maio de 1996, ocasião em que os seus restos mortais passaram a repousar em definitivo no Panteão Brigadeiro Sampaio, erguido na parte frontal da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, sede do Quartel-General da 10ª Região Militar.

A infantaria

É a mais antiga arma do Exército e geralmente dotada dos maiores efetivos, formada por soldados que podem combater em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, podendo utilizar variados meios de transporte para serem levados à frente de combate. Sua principal missão é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade de progredir em pequenas frações, de difícil detecção e grande mobilidade. A infantaria contemporânea frequentemente emprega o princípio de fogo e movimento para atingir uma posição dominante em relação àquela do inimigo. 

A infantaria moderna segue uma organização que divide as tropas de infantes agrupando-os em unidades chamadas de divisões, brigadas, batalhões, companhias e pelotões. A infantaria com seus combatentes, os infantes, desde a antiguidade, sempre foi a principal força combativa de um exército. Uma notável exceção foram as sociedades nômades, como os hunos ou mongóis, que lutavam basicamente com soldados montados a cavalo. A infantaria tradicional teve suas origens nos combatentes gregos e romanos, que lutavam em grupos compactos, armados de espadas e lanças e protegidos por couraças e elmos metálicos. Os romanos aperfeiçoaram a organização da infantaria em unidades e subunidades, o que hoje é base da organização dos exércitos modernos. Uma legião era dividida em dez coortes, por sua vez divididas em um número variável de centúrias, que eram compostas por cerca de cem homens cada. Ao total, a variar em função do período histórico, a legião romana podia ter entre 3 mil a 6 mil homens. Com o surgimento das armas de fogo, ao final da Idade Média, a infantaria passou a ter organização tática e emprego diferente, sendo empregada em linhas contínuas de atiradores, lado a lado que se contrapunham à outra linha, em frente, do inimigo. Como as armas da época, os arcabuzes e os mosquetes, tinham uma cadência de tiro muito lenta, os atiradores eram complementados por outras tropas armadas com armas brancas, longas lanças, chamadas piques. Com o passar do tempo as armas de fogo foram sendo aperfeiçoadas e os piqueiros foram desaparecendo gradualmente, sendo que o seu papel foi substituído pela baioneta, uma lâmina afiada que é adaptada na boca dos fuzis e serve para o combatente proceder o combate corpo-a-corpo. A evolução e aumento da capacidade das armas de fogo fez com que a infantaria deixasse de ser empregada em linhas de atiradores. O desenvolvimento da artilharia, no século XIX, quando as armas passaram a ter maior alcance e maior número de disparos por minuto, também contribuiu para que o emprego da infantaria fosse alterado.

  • Nascimento: 24 de maio de 1810, Tamboril, Ceará
  • Falecimento: 6 de julho de 1866, Buenos Aires, Argentina
  • Patente: Brigadeiro

 

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